sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Avança campanha para vacinação pública contra o HPV no Brasil

Notícia publicada no Midia News de ontem anuncia que foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado um projeto que prevê a disponibilidade na rede pública da vacina contra o HPV para as meninas entre 9 e 13 anos.

É para comemorar.

Mas falta.

Os homens não podem ficar de fora disso.

Toda a Europa, a Austrália e os Estados Unidos preconizam a vacinação masculina.  O homem pode ter menos câncer de pênis, mas tem igual prevalência do HPV e é o transmissor (o vetor) do vírus para o sexo feminino.

Setores organizados da sociedade deveriam atentar para um passo mais largo da Saúde Pública, uma vez que para compras governamentais de R$ 1000 o ciclo de 3 vacinas, o custo cairia para algo em torno de USD 50 ou R$ 100, segundo cálculos da OPAS,  Organização Panamericana de Saúde .

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Reabilitação peniana - do erótico ao científico.


Com a disseminação da prostatectomia radical para o tratamento do câncer de próstata um fato inconteste passou a fazer parte da rotina desses pacientes, após a cirurgia: a volta a atividade sexual.

Num primeiro momento a técnica cirúrgica foi aperfeiçoada para, dentro do possível, poupar os minúsculos feixes vásculo-nervosos relacionados com o mecanismo de ereção. Dentro do possível porque, muitas vezes, isso não é uma simples escolha ou habilidade, senão, uma grande dificuldade técnica que pode colocar em risco a radicalidade do procedimento ("sobrar câncer no local").

Vencida essa etapa, ainda assim alguns fatores em muitos pacientes geram dificuldades sexuais, não apenas na qualidade da ereção, como também no real encurtamento do pênis, posto que um segmento grande da uretra, contido dentro da glândula prostática vai embora na peça retirada na cirurgia. O canal tem que ser suturado e restabelecido diretamente na sua saída da bexiga, resultando na tração do restante do pênis, como a embuti-lo, em função da aproximação de todo o restante da uretra até o colo vesical (orifício de saída da urina).

Esses pacientes, após vários trabalhos e estudos, hoje em dia, vem sendo submetidos à chamada reabilitação peniana com o uso de dispositivos de ereção por vácuo, combinadamente com o uso de inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (Viagra, Levitra, Cialis, Helleva,Suvvia,Vivanza, etc). Os dispositivos de vácuo são os mesmos, que até há alguns anos atrás eram apenas item dos sex-shops, com finalidades eróticas e de aumento peniano.

Os resultados são favoráveis, mas ainda não totalmente definidos e estudados em todos os seus aspectos. Nem mesmo com a finalidade única de aumento peniano, sem cirurgia de próstata.  

Fica, contudo, a informação ao leitor.


Fontes:

Kimura, M., Caso, J. R., Bañez, L. L., Koontz, B. F., Gerber, L., Senocak, C., Donatucci, C. F., Vujaskovic, Z., Moul, J. W. and Polascik, T. J. (2012), Predicting participation in and successful outcome of a penile rehabilitation programme using a phosphodiesterase type 5 inhibitor with a vacuum erection device after radical prostatectomy. BJU International. doi: 10.1111/j.1464-410X.2012.11168.x

Pahlajani G, Raina R, Jones S, Ali M, and Zippe C. Vacuum erection devices revisited: Its emerging role in the treatment of erectile dysfunction and early penile rehabilitation following prostate cancer therapy. J Sex Med 2012;9:1182–1189.

Yuan J, Hoang AN, Romero CA, Lin H, Dai Y, Wang R. Vacuum therapy in erectile dysfunction--science and clinical evidence.Int J Impot Res. 2010 Jul-Aug;22(4):211-9. Epub 2010 Apr 22.