sexta-feira, 18 de julho de 2014
HIV no Brasil - Outra goleada perdida.
Dados recentes da UNAIDS, órgão ligado a Organização Mundial de Saúde mostram que, ao contrário do que a maioria dos outros países, a transmissão do HIV no Brasil, nos últimos 8 - 9 anos, como "nunca antes nesse país", aumentou 11%.
O grupo mais afetado são homens jovens que fazem sexo com homens (HSH ou MSM do inglês).
Nossos órgãos públicos, como sempre, logo em seguida, tentaram "tapar o sol com a peneira".
Com todas as letras é mais uma incompetência governamental na área da Saúde.
É nova "goleada" que o País toma, anonimamente.
Veja o Relatório GAP na íntegra aqui e tire suas próprias conclusões.
Nesse grupo há ainda consequências muito mais danosas, por "tabela". Nesse grupo o HPV, papilomavírus, por exemplo, é a principal causa de câncer anal, igualzinho ao câncer de colo nas mulheres. Isso sem contar a crescente incidência de sífilis, verificada até nos consultórios particulares.
No entanto, no caso do HPV, existe prevenção primária, além do sexo seguro. Tem vacina!
Mas o Brasil, também na contra-mão do resto do mundo, iniciou um programa de vacinação tímido contra o HPV, que contempla apenas meninas em idade escolar bastante reduzida.
Esqueceu-se dos meninos e dos jovens de ambos os sexos.
A vacinação, tal como no resto do mundo, deveria imediatamente cobrir essa população, pelo SUS, não se esquecer do sexo masculino.
No mundo uma dose de vacina sai por 5 dólares. Não vou me alongar nos "rios de dinheiro" que nosso desgoverno gasta em outras coisas. É uma redundância nauseante.
Em agosto vou participar do 29th International Papillomavirus Conference em Seattle nos Estados Unidos. Grandes novidades científicas devem ser anunciadas e grandes avanços em saúde pública pelo mundo.
Do Brasil o que levamos? Bem do Brasil, não há muito que se falar... Deveremos ficar quietinhos, como já vi pessoalmente acontecer.
Tenha uma ideia do que será o congresso de HPV de Seattle
EM TEMPO - No desastre criminoso do voo da Malaysia Airlines sobre o leste da Ucrânia estavam quase 100 pessoas viajando para um congresso internacional de HIV/AIDS em Melbourne na Austrália, incluindo grandes pesquisadores
Veja abaixo a matéria da TIME
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