Na semana passada o jornal Folha de São Paulo publicou com grande destaque a possibilidade de contaminação com o HPV sem a necessidade de uma relação sexual convencional (com algum tipo de penetração).
O fato não é novo. No ano de 2010 pesquisadores renomados na área de estudo do HPV, incluindo vários envolvidos com o desenvolvimento da sua vacina, publicaram um trabalho comprovando a contaminação dos dedos (na região embaixo das unhas) de pessoas que já portavam o HPV nos genitais.
Isso já era suposto há algum tempo por vários especialistas e esse trabalho utilizando a detecção por técnicas de DNA comprovou essa suspeita.
Dessa maneira o contato das mãos num e noutro genital, que é bastante comum, entre todos os tipos de casais pode, sim, ser um meio de contagio do vírus.
E seria mais um fator para explicar o porquê do preservativo não representar uma proteção de 100%, juntamente com a proteção precária na base do pênis do homem, região em que termina o preservativo.
Mas não se apavore, porque a transmissão é bem menos comum do que aquela verificada numa relação comum, de contato intenso entre uma mucosa e outra entre todos os tipo de parceiros(as) sexuais.
Fonte:
Winer et al. Detection of Genital HPV Types in Fingertip Samples from Newly Sexually Active Female University Students .Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 2010; 19(7); 1682–5.
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