terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vacina contra a Malária pode ser realidade em 2015.

O jornal médico New England Journal of Medicine acaba de publicar on line first um artigo relatando os resultados positivos de uma vacina em fase 3 de teste (uso em humanos) com resultados animadores, e já respaldados pela OMS,  contra a Malária. Falta apenas a avalição sobre a necessidade ou não de uma dose de reforço (booster) após 18 meses da imunização e acompanhamento após esse reforço. Vencidas essas etapas a vacina deve estar em uso em 2015.

A notícia é extremamente auspiciosa. A pesquisa é resultado de uma parceria entre a GSK, uma indústria farmacêutica, e a Fundação Melinda e Bill Gates.

A pesquisa

O alvo para proteção foram 15.460 crianças da Africa sub-saariana,  em sete países,  que,  a exemplo de outras áreas tropicais e sub-tropicais, são as piores vítimas da Malária, uma doença transmitida pelo  mosquito anófeles.  A doença também é endêmica no norte e centro-oeste do Brasil.  O estudo dividiu as crianças em dois grupos:  de 6 a 12 semanas de vida e de 5 a 17 meses de idade.

As crianças são as maiores vítimas das formas mais graves e letais da doença, que é mais bem tolerada na idade adulta na sua forma clínica e também nos efeitos colaterais de seu tratamento.

A técnica

A  RTS,S/AS01, nome técnico inicial da vacina é constituída de um híbrido, construído a partir do antígeno do vírus da hepatite B em fusão com um antígeno recombinante derivado de parte da proteína do agente causador da malária. Na realidade a proteína envolve o esporozoíta,  que é a forma transmitida pelo mosquito ao picar a pele dos humanos para se alimentar do sangue humano. Essas formas invadem o fígado e se multiplicam antes de invadir a corrente sanguínea da pessoa infectada, causando a doença.

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