O jornal médico New England Journal of Medicine acaba de publicar on line first um artigo relatando os resultados positivos de uma vacina em fase 3 de teste (uso em humanos) com resultados animadores, e já respaldados pela OMS, contra a Malária. Falta apenas a avalição sobre a necessidade ou não de uma dose de reforço (booster) após 18 meses da imunização e acompanhamento após esse reforço. Vencidas essas etapas a vacina deve estar em uso em 2015.
A notícia é extremamente auspiciosa. A pesquisa é resultado de uma parceria entre a GSK, uma indústria farmacêutica, e a Fundação Melinda e Bill Gates.
A pesquisa
O alvo para proteção foram 15.460 crianças da Africa sub-saariana, em sete países, que, a exemplo de outras áreas tropicais e sub-tropicais, são as piores vítimas da Malária, uma doença transmitida pelo mosquito anófeles. A doença também é endêmica no norte e centro-oeste do Brasil. O estudo dividiu as crianças em dois grupos: de 6 a 12 semanas de vida e de 5 a 17 meses de idade.
As crianças são as maiores vítimas das formas mais graves e letais da doença, que é mais bem tolerada na idade adulta na sua forma clínica e também nos efeitos colaterais de seu tratamento.
A técnica
A RTS,S/AS01, nome técnico inicial da vacina é constituída de um híbrido, construído a partir do antígeno do vírus da hepatite B em fusão com um antígeno recombinante derivado de parte da proteína do agente causador da malária. Na realidade a proteína envolve o esporozoíta, que é a forma transmitida pelo mosquito ao picar a pele dos humanos para se alimentar do sangue humano. Essas formas invadem o fígado e se multiplicam antes de invadir a corrente sanguínea da pessoa infectada, causando a doença.
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