Arcoxia 120 - Prexige

Originalmente postado em 4 de Outubro de 2008

Na tarde de ontem ( sexta, 3/10/08) a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu os registros dos anti-inflamatórios Arcoxia de 120 mg e Prexige
Esses medicamentos são potentes anti-inflamatórios, geralmente usados em curtos períodos para condições pós-operatórias, traumas agudos, etc.
Pertencem a uma nova classe de anti-inflamatórios chamados de inibidores da COX, uma substância produzida no organismo relacionada com a dor e inflamação.
O avanço dessa classe de medicamentos estava em causar muito menos, quase nenhuma, ação irritativa gástrica, comumente observada com os antinflamatórios tradicionais ( entenda que essa irritação não era pelo comprimido ou cápsula em si, mas pelo efeito químico mesmo).

O problema da retirada desses medicamentos ( Arcoxia, Prexige, Bextra e o Vioxx) é que há indícios de que seu uso prolongado possa causar doenças cardiovasculares.
A ação da ANVISA é pois preventiva e o assunto está sob estudo.
A retirada do primeiro deles, o Vioxx, foi feita pelo próprio fabricante.
No Brasil um problema sério e agravante, não visto em outros países mais adiantados, é a venda sem receita desses medicamentos. Parece que uma segunda medida prestes a ser implantada é que toda a classe de anti-inflamatórios passe a ter receituário controlado ( carbonado, em duas vias, com retenção da receita).
O uso crônico de antinflamatórios tem indicação precisa em pessoas com problemas reumatológicos.

Em todos os casos, seja nos agudos e crônicos, a indicação deve ser feita por um médico.
Quem fez uso recentemente de qualquer um dos dois medicamentos 120 não precisa entrar em pânico pois os potenciais efeitos deletérios, prejudiciais se não aconteceram durante o uso, o que já era raro, não parecem ter possibilidade de acontecer depois de suspenso o uso. São eventos raros e mais sujeitos a acontecer em pessoas sob uso por longos períodos do remédio.
A ANVISA também vai investigar os demais antinflamatórios, os chamados tradicionais, que parecem não ser tão seguros quanto se imaginava, quando usados cronicamente e mesmo sem controle, como já explicamos, aqui no Brasil.
Tão logo hajam outras informações comentaremos aqui o que for do interesse de seu conhecimento e informação.