segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Práticas condenadas na Urologia hoje. Apelo de marketing &picaretagem.

Originalmente postado em 25 de Abril de 2009

O assunto é recorrente.

Aumento peniano. Anestésicos para ejaculação precoce e outras baboseiras para enriquecer os espertos e empobrecer os incautos. Notícias que abundam na mídia. Praga desde os jornais de bairro até as entrevistas de rádio-pirata. Só não sai mais na Lista Telefonica porque não tem mais Lista da Telefónica, ops.

São todos procedimentos experimentais. Pela lei restritos aos centros oficiais de pesquisa.

Testam-se expansores de tecido, colocados por baixo da pele fina do pênis, “engordando” o membro. O tecido erétil permanece inalterado. Alguns casos dão certo - grande propaganda, depoimentos, etc. Outros são fracasso, infecção, rejeição, extrusão, deformidades, traumas psicológicos, disfunção erétil. Esses vão para debaixo do tapete.

Processos ? Alguns. Lembra um pouco a história do “conto do bilhete”. Implícita a culpa (ou cupidez) de quem se deixa levar pelo trambique, vislumbre do lucro fácil, cumplice da maracutaia. Intenção nebulosa, longe das “intenções primárias” e legítimas. Implícito o desejo de auferir vantagem fora do natural. Deleitam-se os rábulas.

No caso dos anestésicos acumulam-se evidências de que o mecanismo fisiológico não é tão cartesiano assim. Sensibilidade maior - orgasmo mais rápido. E os casos extremos que terminam dentro das calças, sem contato algum ? De outro lado, quanto aplicar? Um pouco menos e nada; um pouco mais e o “amigo dorme”, não acordando nem com uma bela “surra”.

Italianos pesquisadores revelaram resultados promissores com um spray. “Bela roba”. A ciência hoje em dia virou um vaudeville de egos inflados. É marketing da pior espécie. Qualquer pesquisa ganha ares “científicos” na imprensa leiga, que divulga bombasticamente as “descobertas”.

Infelizmente parece-nos uma falta de assunto de quem informa os leigos e uma patifaria de quem divulga dados truncados e iniciais.

A exemplo do que se fez com o registro público das pesquisas e com a peoriginalmente postado em respectiva de auditorias nas mesmas, a comunidade científica tarda a tomar alguma atitude em relação a essas notícias enviesadas. Perde tempo precioso em resguardar um mínimo de recato ou, a bem da verdade, de vergonha na cara de tantos “pesquisadores” conflitantes até o pescoço nos interesses comuns com o mundo financeiro.

Há poucos dias, esse escrevinhador ouviu numa emissora de rádio que um determinado produto, relacionado com pêlos, com suposta destruição ou diminuição, whatever, tinha sido “testado com sucesso em 7 mulheres”, que referiram “sensação” inequívoca de “melhora”.

Sim, meu leitor sonolento. SETE pessoas testaram o produto, fornecendo sua opinião.

Francamente !!!!

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