segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Infecção Urinária - o que você deve saber.

Originalmente postado em 25 de Agosto de 2008

A infecção urinária é o tipo mais comum de infecção na prática médica.
Estima-se que todas as mulheres, pelo menos uma vez na vida, terão ao menos um episódio de infecção urinária. Os homens terão uma chance menor. Essa diferença se explica pela anatomia do canal da urina (uretra) de ambos: a da mulher é muito mais curta ( 3 a 4 cm).

Sintomas : dor ao urinar, queimação no canal da urina, ardência. Dificuldade para iniciar o jato urinário. Desejo insuportável de urinar, geralmente com pequena quantidade e em espaços de tempo muito curtos. Urina com mau cheiro e até com um pouco de sangue no final.

Geralmente não há febre ( o que junto com calafrios pode indicar uma infecção urinária mais grave, que pode até atingir o rim).

Na pessoa idosa e na criança muito nova os sintomas podem não existir ou ser muito fracos. Também é comum que o idoso apresente dor em todo o abdomen além de náuseas e vômitos.

Na infecção urinária, bactérias presentes na nossa região genital conseguem subir pelo canal da urina e, dentro da bexiga, penentrar na mucosa, causando inflamação e infecção, com sua multiplicação.

Geralmente nossa urina que é estéril (sem bactérias) passa a exibir microscópicamente grande quantidade desses microorganismos.

A infecção urinária não se transmite sexualmente, por mais grave que seja.

O tratamento da infecção urinária deve ser precedido de um diagnóstico correto. Nem sempre é necessário um exame específico de laboratório. As vezes, ao contrário, ele é imprescindível. Quem sabe avaliar quando é ou não necessário é o seu médico.

Em determinadas situações o tratamento é iniciado de imediato, pois os germes envolvidos são relativamente poucos e têm uma sensibilidade bem conhecida aos medicamentos apropriados. Além disso, os bons resultados ( cura ) costumam ser a regra.

Situações que comprometem a saúde da pessoa em outras esferas podem funcionar com fatores complicadores da infecção urinária levando à necessidade de maiores cuidados.

A infecção urinária pode ser prevenida desde cedo:

- nas mulheres são imperativos alguns comportamentos valiosos e simples : não prender a urina por muito tempo; fazer a higiende dos genitais sempre da frente para trás; urinar após as relações sexuais; evitar o uso de absorventes internos desnecessariamente; evitar o uso de talcos, desodorantes íntimos, duchas, etc. que podem irritar a uretra ou mesmo injetar fluídos contaminados no interior da bexiga.

- nos homens a higiene após o coito também é valiosa, bem como a higiene na parte interna do prepúcio e glande, limpando o produto de descamação da mucosa e das glândulas ( esmegma), lavando com água e sabonete o local pelo menos uma vez ao dia.

Em ambos os sexos é fundamental beber muito líquido para manter uma produção abundante de urina clara .

O uso de diafragma, como método anticoncepcional, está associado a uma maior incidência de infecção urinária nas mulheres sexualmente ativas. O uso da pílula e do preservativo não oferecem esse risco.

Outros fatores gerais que facilitam a infecção urinária são problemas obstrutivos como a próstata que cresce no homem depois dos 40 anos e que em alguns deles (20% aproximadamente) pode interferir diminuindo o fluxo da urina. Além disso , nos dois sexos, o diabetes facilita muito as infecções urinárias. Além disso, também outras doenças do sistema imune (HIV, câncer, quimioterapia, uso de corticóides por períodos prolongados, etc.) podem aumentar o risco de infecção urinária.

As infecções urinárias, embora sejam consideradas simples e possam ser facilmente tratadas, podem apresentar complicações, como a sua extensão para os rins (pielonefrite) ou mesmo septicemia ( infecção generalizada pelo organismo. Nas mulheres grávidas uma das preocupações mais importantes e constantes durante o pré-natal é o diagnóstico e tratamento eficaz de infecções urinárias que podem favorecer o parto prematuro e o baixo peso do nenem.

Não se auto-medique, nem use o remédio “da amiga”, por mais simples e igual que o seu quadro possa parecer, uma boa orientação e um diagnóstico individual é insubstituível e pode poupar complicações desnecessárias.

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