terça-feira, 20 de setembro de 2011

PSA e Câncer de Próstata - as mensagens de Washington DC - AUA Annual Meeting

Originalmente postado em 19 de Maio de 2011

Está terminando agora (quinta, 19 de maio de 2011), pela manhã a Reunião Anual da Associação Americana de Urologia (
AUA - American Urological Associãtion). O congresso ocorreu em Washington e é um dos mais importantes na especialidade.

Neste e nos próximos posts, vamos compartilhar com os leitores alguns assuntos que foram destaque nesse congresso, de interesse direto do leigo, em linguagem bastante leve.

Começamos com o que foi dito sobre o uso do PSA e o rastreamento ou prevenção do Câncer de Próstata.

O conferencista foi um expert, já de muitos anos, no assunto, considerado um mestre mundial em próstata, Dr. William Catalona.

A conferência do Dr. Catalona chamou a atenção sobre um estudo sueco, de vários anos de duração e acompanhamento de muitos pacientes, mostrando que a prevençãodo câncer de próstata diminuiu em 44% a mortalidade por esse tipo de câncer e reduziu em 41% o risco de se diagnosticar a doença numa fase já avançada, quando o tratamento não alcança cura e muitas vezes é apenas paliativo. Esse estudo foi publicado no
New England Journal of Medicine

Toque retal e PSA são preconizados aos 40 anos, dependendo dos fatores de risco que são avaliados em cada paciente vai se individualizar o tipo de acompanhamento indicado para quem tem mais ou menos risco de apresentar a doença.

Uma outra conferência importante foi do Dr. Schroder que trouxe os dados mais recentes de um estudo europeu cooperativo, entre vários países daquele continente. Nesse estudo o conferencista mostrou que com 12 anos de acompanhamento a diminuição dos casos que apresentam metástases (quando o câncer sai do seu lugar original e células cancerosas vão para os ossos, cérebro, etc.) foi de 31% . Na Europa a estatistica desse estudo que dura mais de uma década mostra que o benefício de se evitar um caso de paciente com câncer metastático (disseminado) é alcançado quando se faz a prevenção em cada 338 homens , que por sua vez demandam (são necessários) 16 tratamentos.

O estudo europeu ainda mostra que os casos que são diagnosticados na primeira vez em que a pessoa faz o exame preventivo são os que tem maior impacto (maior benefício) pelo tratamento precoce.

Esse estudo também aponta uma diretriz muito importante para não se superdiagnosticar casos supostos de câncer de próstata: nunca se limitar a avaliação apenas no exame de sangue, o PSA, mas uma avaliação completa com exame de toque e outros de rotina.

Dr Schroder acenou que novos marcadores e exames estão ainda em estudo nos laboratórios de pesquisa e ainda tem aplicação e validação na clínica do dia-a-dia muito limitada, senão quase inexistente ainda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário