segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Prevenção do Câncer de Próstata

Originalmente postado em 15 de Maio de 2009

Algumas boas notícias têm surgido para a saúde do homem.
Mais precisamente para o câncer de próstata. Várias delas foram divulgadas recentemente no congresso da A.U.A. (American Urological Association), que junto com o congresso europeu de urologia, são os dois eventos mais prestigiados da especialidade.

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Prevenção do câncer - ficou comprovado num estudo populacional, envolvendo uma amostra grande homens e um tempo adequado de observação, que a dutasterida, uma “prima” da antiga finasterida, usada para bloquear o crescimento benigno da próstata e, em doses menores, evitar a calvície masculina de origem na testosterona, efetivamente pode prevenir em até 25% a chance do aparecimento de um câncer de próstata nas pessoas que fizeram uso do medicamento.
Isso não significa que todo mundo deve sair tomando o remédio, que não é, diga-se de passagem, baratinho como uma aspirina comprada na padaria. O remédio está reservado para quem precisa tratar a hiperplasia benigna e para aqueles que apresentam um risco aumentado de câncer de próstata e já estão na casa dos 40/45 anos pelo menos. Risco é ter um parente sanguíneo próximo que tenha tido câncer de próstata : pai, irmãos, tios, avós.

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Prevenção do câncer de próstata 2 - Abandonar, para essa finalidade o uso excessivo de vitamina E e zinco. Os benefícios, avaliados por longo período, mostraram-se pequenos e não justificados. São duas substâncias que pareciam eficazes na prevenção, mas que o tempo disse que não. Permanecem as indicações de vitamina E, em doses individualizadas nos casos de subfertilidade e como coadjuvante nos hipogonadismos parciais. Para o zinco, em pequenas doses, nos suplementos vitamínicos quando necessários nas pessoas mais velhas.

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Vacina terapêutica - Saindo do terreno da prevenção e partindo para o do tratamento, foram divulgados resultados animadores com relação a uma vacina terapêutica ( para quem já tem o câncer de próstata) com o nome comercial de Provenge. Na realidade esses resultados parciais animadores já haviam sido divulgados em 2005 mas não foram suficientes para que o FDA ( Food and Drug Administration) a “Anvisa” americana, aprovasse o uso e comercialização. Na época registraram-se muitos protestos e a queda de braço continuou. Agora parece que a coisa vai ser liberada. Nesses assuntos a comunidade médica vê sérias ressalvas ( e o leigo também deve aprender a identificar isso) porque esses medicamentos, baseados na genética, engenharia genética e imunologia, envolvem empresas de mercado voltadas a descobertas bombásticas para elevar as alturas o preço de suas ações ( como aliás aconteceu com a fabricante Dendreon). Existem muitas facetas éticas, filosóficas e morais envolvidas nesse processo todo, aliás, muito complexo.

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Coração, colesterol e disfunção erétil - Cada vez mais se acumulam evidências da relação íntima entre sexo e coração, literalmente. Explica-se : todo o tecido esponjoso do pênis é um endotélio, o que reveste nossos vasos pelo corpo todo. Endotélio é como se fosse o “bit do nosso sistema circulatório”, sua unidade padrão. A última notícia é que o uso de algumas estatinas ( remédios para baixar o colesterol) influenciam positivamente, melhoram, a disfunção erétil. O que vai se investigar agora é se todas fazem a mesma coisa, se existe uma dose a partir da qual isso se verifica, etc.

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